Sem estresse. Ah, é, não dá. QUE DIABOS FIZERAM COMIGO?

Olá. Gostaria muito de dizer que está tudo ótimo, muito bem, obrigado. Mas não. O bom nome de Perséfone foi manchado. Culpado? Chris Columbus.
Eu até que gostaria de dizer que eu fui a única. Infelizmente, não é o caso. O caso é que Percy Jackson e o Ladrão de Raios, sim, o aguardado filme, não é Percy Jackson e o Ladrão de Raios. E agora?
Bem, no começo, devo dizer que eles nos enganaram como a patinhos. Nos trailers, alguém previu a grande revolução (porque mudança seria um eufemismo) no filme? Não. Parecia que algumas coisas tinham sido tiradas, outras acrescentadas, nada muito... radical.
E qual não foi a minha surpresa de ver Dioniso desaparecer, o acampamento virar uma bagunça e Grover dar uma de Usher Sensual Seduction?
Ou a Annabeth lembrar um pouco a Clarisse (o que, aliás, é sinistro)? De onde saíram os outros centauros? E a importância das pérolas? Athena sendo toda sentimental? Hades ir de hippie a demônio do fogo (filhote de balrog, foi o que me lembrou)? Ou o fato de que metade dos monstros já foram usados nesse filme?
E eu? De onde eles tiraram essa idéia que eu não gosto de viver com Hades? Que eu fico traindo ele à beça pelas costas, ainda por cima com qualquer criatura que cair na minha frente? Ou aquela roupa horrível (eu sou elegante, tá?)? Eu estava vulgar. Ou eu derrubar meu marido usando o maldito raio? Até parece. Humpf.
É chocante o desrespeito que as pessoas envolvidas na produção do filme mostraram, tanto com o autor, como para os fãs, e com nós, deuses, também. Se eu fosse o Rick Riordan, me sentiria ultrajado. É como se dissessem: Ah, os personagens até que são legaizinhos, mas não é comercial o sufiente... vamos fazer uma mistureba aí e ver no que dá!
Qual era a grande dificuldade de se manter na história? Foi para isso que muitos fãs aguardaram tanto tempo. Para ver o livro que eles amam em outro universo. Agora eles sabem que isso foi perdido. Triste.

Perséfone.